quinta-feira, 5 de junho de 2014

O RAPAZ DOS SAPATOS PRATEADOS

Agora que as férias espreitam, uma excelente sugestão de leitura. E o tempo vai passar de forma mais divertida!

O rapaz dos sapatos prateados é um livro de Álvaro Magalhães que se lê de um fôlego.
Hugo tinha seis anos quando percebeu que o mundo não rimava com ele e experimentou a dolorosa solidão dos diferentes. Segundo ele, a sua família é uma família de “grunhos” e de “Is”- incultos, insensíveis, idiotas e irresponsáveis. Hugo é, realmente, um rapaz diferente. Sensível, está atento e questiona o mundo que o rodeia e os sues mistérios: Deus, o Céu, o Inferno, a Morte, a Poesia e o Amor.
Ao longo da estória, Hugo vive uma forte paixão e vê-se envolvido num caso policial onde nem sequer falta um crime!
Uma passagem do livro:
"Ok. Mas agora és uma criança e tens de exercer. Ora ouve! Podemos ser felizes com a nossa idade, enquanto brincamos loucamente, esquecidos de tudo. Somos indefesos, mas estamos atentos às coisas e a aproveitar o que nos rodeia, pois temos a mente limpa. Depois, as coisas nunca mais são assim, e vão piorando a cada ano que passa. Por fim, és um adulto e já quase nada te interessa, exceto sexo e futebol, é claro. Perdes a capacidade de te espantar, de apreciar, e, na verdade, estás tão vivo como um morto.
O que interessa é que a história está contada ao contrário. Não é no fim da vida que se chega ao Paraíso, mas no princípio. Nascemos e vimos para o Céu, que é a infância. Como Adão e Eva, não precisamos de trabalhar, só de estender as mãos e colher o alimento das árvores. A nossa maior ocupação é brincar. É o Paraíso." pág. 47, 48, 49

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